MPMG e
Estado apuram, ainda, denúncia de prevaricação, abuso de poder e uso indevido
da viatura.
Diretor de segurança teria mandado que preso recapturado fosse levado a pé para a cadeia
A promotoria já ouviu o detento, mas, segundo a assessoria do MPMG, detalhes da investigação serão mantidos em sigilo. Outros quatro presos também teriam sido torturados com spray de pimenta, chutes e socos.
Abuso
Além da tortura, os agentes denunciam que os diretores ordenavam que eles dirigissem para a ex-mulher de um deles e entregassem marmitex na casa deles, tudo com a viatura, em horário de serviço. Eles seriam forçados a trabalhar mais de sete dias, sem folga, e o ponto de trabalho também seria adulterado para que o domingo de traballlho não fosse pago.
"Se não fizéssemos o que eles pediam, nos ameaçavam dizendo que quem fosse contra seus pedidos seria demitido. Além disso, os agentes que não concordavam com as ordens recebiam apelidos", disse outro agente penitenciário.
O prefeito Bruno Scalon Cordeiro (PSD) enviou um ofício à Seds pedindo uma apuração. A secretaria informou, por meio da assessoria, que não se pronunciará até o fim das investigações.
13 agentes exonerados
Desde que os diretores assumiram a direção de segurança e geral do presídio, em abril e setembro de 2011, respectivamente, 13 agentes foram exonerados do cargo. Eles alegam que foram retirados do cargo porque não concordavam com a conduta dos diretores e se negavam a fazer favores pessoais a eles.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que não houve demissões, mas extinção do contrato para a realização de concursos públicos. (NO)
Publicado
no Super
Notícia em 10/04/2013
O diretor geral e o diretor de segurança do Presídio de
Sacramento, na região do Triângulo Mineiro, estão sendo investigados pelos
crimes de tortura, prevaricação (quando um servidor público falta com seu
dever), abuso de poder e uso indevido da viatura do presídio. A denúncia foi
feita por agentes penitenciários e está sendo apurada pelo Ministério Público
de Minas Gerais (MPMG) e pela corregedoria da Secretaria de Estado de Defesa
Social (Seds).
Segundo a denúncia de um dos agentes penitenciários, que pediu
anonimato, um detento sofreu agressões tão violentas que chegou a ser
transferido por dez meses para o Presídio de Patrocínio, no Alto Paranaíba, até
que ele se recuperasse. Ele teria sido espancado a mando dos diretores, após
ser recapturado durante uma fuga, em janeiro de 2011.
"Ele mandou que a gente fosse atrás do preso. Quando
encontramos o detento, pedimos a viatura, e ele (diretor de segurança) disse
que não mandaria. Ele nos ordenou levar o preso a pé, que era para todos da
cidade verem como ele tratava fugitivos. O preso foi literalmente arrastado
pela cidade", disse o agente. A recaptura dos presos é função da Polícia
Militar. Os diretores, ainda segundo o agente, ordenaram que o espancamento
continuasse quando chegaram ao presídio. A mãe do detendo confirmou as
agressões e disse que não as denunciou porque foi ameaçada pelos
suspeitos.
A promotoria já ouviu o detento, mas, segundo a assessoria do MPMG, detalhes da investigação serão mantidos em sigilo. Outros quatro presos também teriam sido torturados com spray de pimenta, chutes e socos.
Abuso
Além da tortura, os agentes denunciam que os diretores ordenavam que eles dirigissem para a ex-mulher de um deles e entregassem marmitex na casa deles, tudo com a viatura, em horário de serviço. Eles seriam forçados a trabalhar mais de sete dias, sem folga, e o ponto de trabalho também seria adulterado para que o domingo de traballlho não fosse pago.
"Se não fizéssemos o que eles pediam, nos ameaçavam dizendo que quem fosse contra seus pedidos seria demitido. Além disso, os agentes que não concordavam com as ordens recebiam apelidos", disse outro agente penitenciário.
O prefeito Bruno Scalon Cordeiro (PSD) enviou um ofício à Seds pedindo uma apuração. A secretaria informou, por meio da assessoria, que não se pronunciará até o fim das investigações.
13 agentes exonerados
Desde que os diretores assumiram a direção de segurança e geral do presídio, em abril e setembro de 2011, respectivamente, 13 agentes foram exonerados do cargo. Eles alegam que foram retirados do cargo porque não concordavam com a conduta dos diretores e se negavam a fazer favores pessoais a eles.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que não houve demissões, mas extinção do contrato para a realização de concursos públicos. (NO)
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