14.07.2013, domingo.
Em visita ao site
IMPAKTOPENITENCIÁRIO, encontramos um artigo muito bem feito onde há relato das
precárias condições de serviço dos agentes de segurança prisional. Em suma, as dificuldades e a periculosidade vivida pelos profissionais
de segurança prisional são praticamente as mesmas em todos os Estados.
Daí a lógica da continuidade das reincidências criminais.
O tratamento que as instituições penais dão a seus profissionais de segurança é, naturalmente, diretamente proporcional ao tratamento que estes profissionais dão aos custodiados.
Quando têm real interesse de que seus Agentes de Segurança cumpram e façam cumprir os deveres e direitos dos custodiados, as instituições responsáveis pelo tratamento penal dão o exemplo: cumprem e fazem cumprir os deveres e os direitos dos profissionais de segurança incumbidos do tratamento penal.
Desta feita, parte daquele artigo está postada abaixo.
Leia, reflita e responda a si mesmo. Se puder.
As perguntas tomam por base a rotineira situação em que apenas dois agentes de segurança sem nenhuma arma para sua proteção, abrem celas para retirada de presos para procedimentos diversos como: banho de sol, atendimento de saúde, etc...
Você daria as costas para criminosos, drogados e psicopatas?
Onze perguntas para quem não tem noção nenhuma do que é trabalhar no sistema prisional.
1 – Uma arma de fogo ‘infiltrada’ nesse pavilhão mataria
esses dois trabalhadores pais de família?
2 – Você certamente acha que “os presos não teriam coragem”.
Mas uma pessoa analfabeta, com 20 anos de cadeia para tirar, 10 pedras de crack
na ‘cachola’ e ameaçada de morte se recusasse tal ordem não teria coragem?
3 – Quantos agentes penitenciários já foram assassinados
dentro dos presídios no Brasil?
4 – Um agente penitenciário tem condições de cumprir a lei
trabalhando em condições como esta?
5 – Um agente prisional que “pega no pé” dos presos, fazendo
revistas em celas, retirando celulares e drogas, causando prejuízos de cinco,
dez, vinte mil reais a criminosos dentro E FORA dos presídios tem como viver
bem desarmado nas ruas, quando estiver de folga?
6 – Você sabe quantos presos passam por este presídio da foto
no decorrer de um ou dez anos? É fácil memorizar a fisionomia de todos eles?
Mas será que todos eles não são capazes de reconhecer esses dois agentes...
‘por aí’?
7 – Grades serradas antes da chegada desses agentes
possibilitariam uma rebelião com dos ‘importantes’ reféns?
8 – É novidade para alguém a informação de que os pavilhões
dos presídios brasileiros são lotados de presos com Tuberculose? Como essa
doença é transmitida?
9 – Você se sente ‘mais seguro’ sabendo que as peças mais
perigosas da sociedade estão devidamente encarceradas? Quem, com todas as
dificuldades possíveis, garante esse seu ‘sossego’?
10 – Você sabe há quanto tempo os agentes penitenciários
trabalham nessas (e noutras!) circunstâncias?
11 – ‘Opinar’ sobre o mundo sem sair da sala da faculdade, de
um gabinete burocrático ou da frente de um microfone é muito mais fácil do que
assumir o papel desses agentes. Não é mesmo?
Fonte:
http://www.paraibaemqap.com.br
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