sábado, 27 de julho de 2013

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Sem acordo, servidores do sistema prisional de MT entram em greve


Os servidores do sistema penitenciário de Mato Grosso decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira (26). A categoria alega que não houve avanços nas negociações com o governo do estado quanto a pauta de reivindicações, segundo o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen).
O estado conta atualmente com 2.550 entre agentes prisionais e servidores do sistema. No entanto, o presidente do Sindspen, João Batista de Souza, garante que 30% desse efetivo vai continuar trabalhando em todas as 65 unidades prisionais que estão espalhadas nos municípios de Mato Grosso.

A categoria cobra aumento no efetivo de agentes, além de pagamento de adicional de insalubridade, reajuste salarial, e melhores condições de trabalho e segurança. O salário-base de um agente prisional é de R$ 1.998. Eles querem a recomposição de 20% referentes a 2012, 25% para este ano e 30% para 2014. Conforme o sindicato, a contraproposta do governo foi de apenas 5% e acabou não sendo aceita durante assembleia-geral realizada pela categoria.
Contudo, essa é a segunda greve deflagrada pelos servidores do sistema penitenciário de Mato Grosso. Em abril, a paralisação durou 15 dias e foi suspensa após garantia do governo de que as exigências feitas pela categoria seriam atendidas.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado (Sejudh), Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, afirmou que manteve conversações com os servidores e que não houve acordos. Com isso, na tarde desta quinta-feira (25), ele determinou a instalação de um Comitê de Gerenciamento de Crises, criado exclusivamente para tratar da greve e formado por membros do Poder Judiciário, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados (OAB-MT) e pela própria Sejudh.
Diante da falta de agentes e servidores para realizar a segurança nas unidades, o secretário enfatiza que haverá auxílio da Polícia Militar, que deverá aumentar o efetivo em cadeias, penitenciárias e presídios. Os policiais militares devem reforçar a segurança, como na escolta e recebimento de presos em flagrante. Além disso, Pôssas assegura que a entrada de familiares e advogados será mantida normalmente em todas as unidades.

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